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Waldemiro Cavalcante


Waldemiro Cavalcante – nascido nesta cidade(Granja) a 26 de janeiro de 1869, filho do Ten. Cel. Antônio Pereira Jacinto Cavalcante e de D. Antônia Ferreira Barros Cavalcante. 

Na adolescência mostrou inclinação para o jornalismo, havendo fundado na sua cidade natal o Jornal “O Ensaio” semanário de pequeno formato, publicado nesta cidade em 1880. 

Fez em Fortaleza (CE) em 1882, os estudos preparatórios no Instituto de Humanidades, concluiu-os em 1885. Quando estudante, em Fortaleza colaborou no “Cearense” e fundou com Luiz Braziliano o “Colibri”, jornal literário e crítico, e com Francisco Leocádio, José Olímpio e Júlio Braga o “Phylolitera”.

Matriculado em 1886, na Faculdade de Direito de Recife, e bacharelou-se a 19 de julho de 1891. 

Durante o seu curso acadêmico, na capital de Pernambuco, escreveu no “Clarim”, órgão do “Centro Republicano Acadêmico” mantido pelos seus colegas, e colaborou sob diversos pseudônimos no “Norte”, do Recife. 

No Ceará, foi nomeado promotor de justiça da comarca de Icó, onde exerceu, além desse cargo, o de Inspetor Estadual e presidente da câmara.

De Icó foi para a capital (Fortaleza) para ocupar o lugar de secretário da Chefatura de Polícia.

Foi Deputado estadual em diversas legislaturas. Eleito membro do primeiro Congresso Constituinte do Estado, formou com Sabino do Monte, Pauleta, Abel Garcia e Oliveira Sobrinho a comissão encarregada de organizar (elaborar) o projeto da Constituição de 16 de junho de 1891. Por esse tempo, assumiu a direção do “Libertador”, e o redigiu em companhia de Antônio Sales e Abel Garcia.

Ocupou lugar eminente na imprensa, em Fortaleza, entre outros jornais, como dito, dirigiu o “Libertador”, “A Republica” e “Jornal do Ceará” órgão oposicionista. E colaborou na “Pátria” escrevendo artigos políticos.

Foi membro da Academia Cearense e da Padaria Espiritual, com o nome de IVAN D’AZHOFF, e Mina Literária do Pará, e foi presidente da Sociedade Cearense da Agricultura. Figurou na lista dos colaboradores do “Jornal dos Agricultores”, publicado no Rio de Janeiro a 1º de Junho de 1901 sob a direção de Antônio Medeiros.

- Foi orador fluente, hábil manejador da pena e político de evidência. Foi Secretário da Justiça e renunciou o mandato de Deputado para abrir escritório de advogado, onde se manteve com grande clientela. 

Foi Secretário do Interior na administração Cel. Benjamim Liberato Barroso, continuando a exercê-lo na administração Bezerril, demitindo-se afinal a 05 de Janeiro de 1893 para voltar ao exercício da advocacia.

Na administração Accioly foi nomeado Diretor da Escola Normal e assumiu por algum tempo a direção da “A República”, órgão do Partido Federal.

Demitido de Diretor da Escola Normal, fundou e redigiu o Jornal do Ceará, órgão oposicionista, até que acometido de enfermidade incurável abandonou de todo a vida pública e recolheu-se a sua chácara sita no arrabalde Alagadiço (Fortaleza-Ce) para ai falecer a 03 de fevereiro de 1914.

Por
Francisco das Chagas Gonçalves

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