ARTUR TEÓFILO - (Escritor)
Teófilo - Natural da freguesia de Ibuaçú
(hoje distrito de Pessoa Anta-Granja), onde nasceu a 22 de dezembro de 1871.
Filho do hábil artista Teófilo Roberto de Souza. Espírito muito dado às letras
em corpo de lastimável fragilidade, avido de aprender e sobressair, ARTUR
TEÓFILO conseguiu quando em Viçosa em companhia dos pais montar um jornal, “A
IDÉIA” de que era o redator, compositor e impressor. “A IDÉIA” é de 1890.
- Selva Braga (pseudônimo de Júlio
Braga) nas suas “IMPRESSÕES DE VIAGENS” publicadas em novembro de 1892, no
jornal “República”, de Fortaleza, refere-se nestes termos a “A IDÉIA”:
[“Visitamos a casa onde se imprime “A Ideia”, jornalzinho hebdomadário já bem
conhecido na Fortaleza e em outros Estados. Seria talvez assim que o “Pai da
Imprensa” começou. O prelo, os tipos e as caixas foram fabricados por Teófilo
Roberto; Artur Teófilo compõe o que escreve e o que vem dos seus colegas de
redação, os simpáticos e inteligentes jovens João Benicio Fontenele, Alfredo
Nogueira e Antônio Carvalho. A área ocupada pelas oficinas não vai muito além
de dois metros quadrados”.
Transportando-se para Fortaleza, Artur
Teófilo ali ocupou um emprego numa das secretarias do Governo, foi assíduo
colaborador do “O Pão” e da “República” e redigiu por contra própria “O
Repórter”, cujo 1º número é de 25 de fevereiro de 1897.
Ocupou também, mas por meses, um lugar
na Comissão de Açudes de Quixadá.
Tinha em preparação um romance com o
título “O Cigano”, que seu estado de constante enfermo estava todos os dias a
interromper.
Organismo de há muito combalido por
terrível tuberculose, sucumbiu a bordo do navio “Cabral” quase ao chegar à
Fortaleza, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista no dia 2 de agosto
de 1899.
Era um dos mais talentosos moços da
Padaria Espiritual, onde usou o nome de “Lopo de Mendoza” salientando-se como
conteur, como o atestam “Ocaso do sargento”, “A morte da avó”, “O exame
primário” e outros escritos do mesmo gênero.
Publicou: 18xx – “A Morte da Avó” –
conto;18xx – “A Tísica” – conto; 18xx – “O Exame Primário” – conto; 18xx –
“Desmoronamento” – conto; 18xx – “A Primeira Energia” – conto; 18xx – “O Caso
do Sargento” – conto; 18xx – “O Cigarro”.
Por
Francisco
das Chagas Gonçalves
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