Salve Granja - o Poema!

Salve, Granja, terra amada, da zona norte a pioneira,
Foi Santa Cruz do Coreaú, depois foi Macaboqueira.
Hoje, apenas Granja, nome que herdou de Portugal.
Granja dos séculos chamada, pelo poeta que gerou.
Salve, Granja, terra querida, do tamarindo e do caju,
Pelo Gangorra abastecida, e banhada pelo Coreaú,
Terra de gente boa e ordeira, que traz no peito a fé,
Terra rica e abençoada, onde o rio encontra a maré.
Salve, Granja, histórica, que até a realeza acolheu,
No império, serviu de pousada ao nobre Conde d’Eu.
Marido da princesa Isabel, genro de Pedro Segundo,
Fazendo o teu nome, Granja, ser conhecido no mundo.
Salve, Granja, centenária, que os anos fizeram bem,
Que resiste ao descaso dos políticos que em ti têm,
Teu passado é glorioso, o teu futuro é tu quem faz.
Terra boa e hospitaleira que a todos satisfaz.
Salve, Granja, Cultural, terra por quem me derreto,
Solo que inspirou poemas do escritor Lívio Barreto,
Nascido na Fazenda Angicos, no distrito de Iboaçu,
Importante para ti, como a flor para o mandacaru.
Salve, Granja, escritora, do poeta que em ti nasceu.
Com sua vida e seus escritos, o teu nome enalteceu,
Ainda novo, fez teu hino, sem ligar para os entraves,
Falo do filho dileto, Padre Osvaldo Carneiro Chaves.
Salve, Granja, dos casarões, da arquitetura secular,
Testemunha viva da história, de maneira singular,
Terra de grandes vultos, cujas vidas ainda encantam,
Ruas que viram pisar, João de Andrade Pessoa Anta.
Salve, Granja, altaneira, de gente com sangue na veia,
Entre teus filhos ilustres, um Guilherme Teles Gouveia,
Foi prefeito e também deputado, o melhor que conseguiu.
Deixando em ti um legado que o tempo jamais extinguiu.
Salve, Granja, educadora, terra de grandes mestres,
Educação é a chave que dá liberdade aos terrestres.
Entre aqueles que brilharam, abrindo na mente estradas,
Eis que surge ninguém menos que Laura Dias Regadas.
Salve, Granja, do passado, tempo que lembra finitude,
Da televisão pública, Cine Orion, Clube e Juventude,
Quando, dando voltas na praça, de maneira saliente,
As moças casadoiras se mostravam aos pretendentes.
Salve, Granja, do presente, pelos filhos teus amados.
Que acolhe bem a todos, como uma mãe extremada,
Aquele que a ti procura, encontra abrigo em teu seio,
Tanto faz se é para morar, ou se só veio a passeio.
Salve, Granja, do futuro, quisera eu ver os teus filhos,
Sem precisar sair de ti, e deslizar por outros trilhos,
Aqueles que um dia se foram, na luta para sobreviver,
Levam no peito a saudade que aprendem a conviver.

Por:
Paulo Farias - 28.03.2019.

Postar um comentário

0 Comentários