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Salve Granja!


Salve Granja!
Por:

Paulo Farias.
28.03.2019.

Salve Granja, terra amada, da zona norte a pioneira,
Foi Santa Cruz do Coreaú, depois foi Macaboqueira,
Hoje, apenas Granja, nome que de Portugal herdou.
Granja dos séculos chamada, pelo poeta que gerou.
Salve Granja, terra querida, da tamarindo e do cajú,
Pelo Gangorra abastecida, e banhada pelo Coreaú,
Terra de gente boa e ordeira, que traz no peito a fé,
Terra rica e abençoada, onde o rio encontra a maré.
Salve Granja, histórica, que até a realeza acolheu,
No império serviu de pousada ao nobre Conde d’Eu,
Marido de princesa Isabel, genro de Pedro Segundo,
Fazendo o teu nome, Granja, ser conhecido no mundo.
Salve Granja, centenária, que os anos fizeram bem,
Que resiste ao descaso dos políticos que em ti tem,
Teu passado é glorioso, o teu futuro é tu quem faz,
Terra boa e hospitaleira que a todos satisfaz.
Salve Granja, Cultural, terra por quem me derreto,
 Solo que inspirou poemas do escritor Lívio Barreto,
 Nascido na Fazenda Angicos, no distrito de Iboaçu,
 Importante para ti, como a flor para o mandacaru.
Salve Granja, escritora, do poeta que em ti nasceu,
Com sua vida e seus escritos, o teu nome enalteceu,
Ainda novo fez teu hino, sem ligar para os entraves,
Falo do filho dileto, Padre Osvaldo Carneiro Chaves.
Salve Granja, dos casarões, da arquitetura secular,
Testemunha viva da história, de maneira singular,
Terra de grandes vultos, cujas vidas ainda encanta,
Ruas que viram pisar, João de Andrade Pessoa Anta.
Salve Granja, altaneira, de gente com sangue na veia,
Entre teus filhos ilustres, um Guilherme Teles Gouveia,
Foi prefeito e também deputado, o melhor que conseguiu,
Deixando em ti um legado que o tempo jamais extinguiu.
Salve Granja, educadora, terra de grandes mestres,
Educação é a chave que dá liberdade aos terrestres,
Entre aqueles que brilharam abrindo na mente estradas,
Eis que surge ninguém menos que Laura Dias Regadas.
Salve Granja, do passado, tempo que lembra finitude,
Da televisão pública, Cine Orion, Clube, e Juventude,
Quando, dando voltas na praça, de maneira salientes,
As moças casadoiras se mostravam aos pretendentes.
Salve Granja, do presente, pelos filhos teus amada,
Que acolhe bem a todos, como uma mãe extremada,
Aquele que a ti procura, encontra abrigo em teu seio,
Tanto faz se é pra morar, ou se só veio a passeio.
Salve Granja, do futuro, quisera eu ver os teus filhos,
Sem precisar sair de ti, e deslizar por outros trilhos,
Aqueles que um dia se foram, na luta pra sobreviver,
Levam no peito a saudade que aprendem a conviver.

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